Assim como uma criança

Simplesmente curioso, assim se definia um físico que exercia seus conhecimentos matemáticos em uma pequena e velha empresa contábil alemã. Um homem que via o mundo pelos olhos de uma criança, curioso, ansioso por entender o enigma de nossas vidas. Para ele cada folha que se lançava ao vento era mais uma pista dada pela natureza para resolvermos tão complexa e magnífica charada. Seu nome? Albert Einstein.

Nossa mente é fértil, um nobre solo para novas idéias. Porém, muitas vezes não plantamos semente alguma, por diversas vezes não cultivamos neste solo, nada além de flores de plástico, compradas, prontas, que a nós não dão trabalho algum. Muitas vezes o cinza da rotina enuveia nossas mentes, cansando-as, restando a ela somente a função de coordenação de nossos órgãos vitais.Criamos preconceitos, adotamos definições, fórmulas, algoritmos, tudo o que puder facilitar, toda a comida já mastigada é melhor, não é?

Quem se surpreenderia mais ao ver uma apresentação na qual um ilusionista levita sobre a platéia; você ou uma criança? Você, pois sua mente já está trancafiada na idéia de que homens não são capazes de levitar , afinal tal fato é contra as leis da natureza, ou melhor as leis dos homens.

Enxergue o mundo através de seus olhos, não por meio de fotografias tiradas por aqueles que tiveram mais coragem que vocês. O desejo de entender esta união de incontáveis perguntas que gentilmente apelidamos de vida, vem de dentro. E para os poucos, que fizeram desta necessidade o guia de suas vidas, existem páginas e mais páginas em nossos livros de estudo, seus nomes e teorias se tornaram parte da história da humanidade, mas eles estavam certos? Só há uma maneira de descobrir...

Por isso, seja uma criança, curiosa, deslumbre-se a cada momento com o mundo que se abre ao seu redor, toque, aperte, morda. Tire as suas conclusões, crie o seu conhecimento, monte o seu mundo. Faça do quebra-cabeças da vida seu objetivo maior, afinal “ as sementes da descoberta flutuam constantemente à nossa volta , mas só lançam raízes nas mentes preparadas para recebe-las”.

Texto desenvolvido para a avaliação da disciplina de Leitura e Produção de Textos, no ano de 2006, na primeira série do curso de Letras